quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ninguém Me Cegou

Alguém, Garanto, se apressará em defender tal empresa, dizendo que me escondo por detrás do anonimato, por medo ou qualquer outro receio que lhes vier a mente. Não nego, que não foram poucas as ameaças a minha pessoa e, por isso mesmo, escrevo de maneira velada, sem me expor e sem declarar abertamente a que empresa me refiro, embora não baste mais do que duas palavras para compreender a quem este blog se destina.
Sobre a questão do anonimato, quero lembrar da passagem da Ódisséia de Homero, na qual Ulysses, por medo do antropófago caolho Polifemo, nega sua identidade, afirmando ao monstro que NINGUÉM é o seu nome. Pois bem, hoje meu nome será ninguém, ou melhor serão muitos nomes, que desde que entraram na empresa vêem sua saúde debilitada, avolumam-se em atestados, pressionados por supervisores semi-analfabetos, esses pobres coitados que esquecem-se da massa que vieram, ou melhor permanecem, pois também pouco ou nada são para empresa. "Ninguém" é aqui todas as centenas de "associados" de uma tal empresa rede, cuja única rede tecida é a da aranha que prende as pessoas com a única função de sugá-las e jogá-las em seguida exangues pelas ruas da cidade.
E QUEM É O POLIFEMO A QUE ME REFIRO? Trata-se de uma gigante do TELEMARKETING, que se apregoa a melhor ou mais moderna já nem me lembro mais da América Latina, mas que não demora a virar as costas a seus funcionários tão logo precisem dela. Tal empresa não se envergonhou em expôr na última convenção seus resultados recordes apregoados pouco depois de anunciar um almento mísero de salário e de se negar a pagar o devido retroativo a que deveríamos ter direito.
Tal Polimo telemarketeiro, gigante de um olho só, que apenas enxerga seus lucros, teve a audácia de mudar o PRÊMIO POR PARTICIPAÇÃO nos resultados, diminuindo em grande parte a comissão, que diga-se de passagem é baixíssima, dos seus funcionários. Essa mesma empresa, resolveu tomar como critério a participação na exigida NR17, o problema é que essa mesma empresa deixa os funcionários muito mais de 6 meses, como a lei exige, sem participar do programa. E o pior, quem está na empresa há mais tempo, irá lembrar-se bem de como o treinamento da NR17 era organizado há alguns anos. Hoje, ao contrário, uma única pessoa, sem formação especifica, inicia o treinamento as 8:40 e termina às 11:00 horas no máximo, sem passar todos os procedimento e os quais ela se aventura em passar, passa-os de qualquer maneira, já que ela mesma diz que não tem o preparo devido. Vergonhoso, não fosse o mínimo que se vê ali.
Por fim, alguém poderia dizer: insatisfeitos? Procurem o sindicato e o Ministério do Trabalho. Porém ambas as instituições passam-se hoje por nós como meros coadjuvantes, figurantes de luxo, nessa relação trabalhador-empresa. Por tanto, companheiros de teleatendimento tudo dependerá apenas de nós mesmos para mudarmos essa situação: TELEATENDENTES DE TODA UBERLÂNDIA, UNI-VOS.